23/03/2010

Severino Cavalcanti - Caso Mensalinho

Mensalinho foi o nome dado as denúncias de propinas recebidas pelo deputado do Partido Progressista (PP) Severino Cavalcanti em 2003, quando ocupava a posição de Presidente da Câmara dos Deputados, para deixar o empresário Sebastião Buani instalar seus restaurantes nas dependências da casa parlamentar. O nome mensalinho é uma referência ao escândalo do mensalão.

Sebastião Buani afirmou às revistas Veja e Época que pagava R$ 10.000 mensalmente para o deputado. Cavalcanti afirma ser vítima de uma tentativa de extorsão. No dia 6 de setembro de 2005, o ex-funcionário de Buani, Ezeilton de Souza Carvalho, divulgou à revista Veja um documento no qual Cavalcanti prorroga a concessão do restaurante no anexo 4 da Câmara dos Deputados para Buani. A revista diz ainda que o documento custou 40.000 reais a Buani, metade paga a Cavalcanti e a outra parte paga a Gonzaga Patriota, do PSB de Pernambuco.

2005 - Setembro
Em 3 de setembro revistas brasileiras denunciam o suposto esquema de Mensalinho.
Severino Cavalcanti divulga nota negando a existência do mesmo e se dizendo vítima de uma tentativa de extorsão.
Em 5 de setembro parlamentares do bloco de oposição (PSDB, PFL, PPS e PV) defendem o afastamento de Severino Cavalcanti das atividades de presidente da Câmara, para, segundo eles, a investigação da denúncia correr sem problemas.
O empresário Sebastião Buani nega ter pago propinas a Severino.
Em 6 de setembro o site da revista Veja divulgou documento que comprovaria a denúncia. Segundo a imprensa, o documento dataria de 2002 e possuiria a assinatura de Severino Cavalcanti autorizando o funcionamento do restaurante de Buani no anexo quatro da Câmara até 2005.
Ex-funcionário do restaurante em questão afirma que o mensalinho seria verídico, apesar de não possuir provas.
Em 8 de setembro o empresário Buani muda sua versão e afirma ter pago mensalinho à Severino Cavalcanti.
Severino, que até então vinha refutando todas as acusações, afirma em Nova Iorque que se pronunciará sobre o assunto apenas na segunda-feira.
Em 9 de setembro Severino Cavalcanti admite a possibilidade de se afastar temporariamente da presidência da Câmara, enquanto ocorrerem as investigações.
Em 21 de setembro de 2005 Severino Cavalcanti renuncia ao seu mandato em virtude das denuncias. Raivoso, declara que sua queda foi orquestrada pelo que chamou de "elitezinha".

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