01/10/2010

Genro de ministro do STF pedindo R$ 4,5 milhões

Atualizado em: Quinta-feira, 30/09/2010 às 20:55:33 Genro de ministro do STF pede R$ 4,5 milhões para livrar Roriz em votação da Ficha Limpa Carlos Carone, Fabio Grecchi, Natasha Dal Molin e Sionei Ricardo Leão redacao@jornaldebrasilia.com.br O advogado Eri Varela, amigo de longa data do ex-candidato ao GDF Joaquim Roriz, ingressa hoje no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma queixa-crime contra o ministro Carlos Ayres Britto, sua filha, Adriele Ayres de Britto, e seu genro, Adriano José Borges da Silva. Ele está de posse de uma gravação de video, feita no começo do mês passado, mostrando uma conversa entre Adriano e Roriz. O vídeo foi divulgado ontem pelo site iG. Procurado pelo Jornal de Brasília, o advogado não quis dar detalhes de como as imagens foram feitas. Muito menos a intenção da coligação Esperança Renovada, de Weslian Roriz, em filmar e divulgar as imagens. "O que posso dizer é que estarei protocolando a notícia crime contra o ministro, sua filha e seu genro às 15 horas de amanhã (hoje), no Supremo", disse Eri, por telefone. Na gravação, Adriano e Roriz discutem uma forma de interferir no resultado do julgamento que o STF faria, dias depois, sobre recurso que o ex-governador moveu contra a inclusão de seu nome na Lei da Ficha Limpa. O advogado fala em honorários na casa de R$ 4,5 milhões para a missão. Eri disse ao iG que a representação incluirá o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, cujo nome é citado num trecho do video. Segundo a Assessoria de Imprensa de Lewandowski, o ministro dão deu qualquer importância por ter sido citado no vídeo. Limitou-se a afirmar que nunca recebeu ou travou qualquer diálogo com Eri Varela. Ainda de acordo com a Assessoria do ministro, esse tipo de especulação feita para constranger ou achacar um membro do STF com o propósito de tumultuar um determinado processo não é novidade. É uma prática conhecida e, até certo ponto, repetitiva. Na edição de 17 de setembro, Ayres Britto confirmou ao Jornal de Brasília que conversou com Adriano, que teria sido convidado pelos advogados de Roriz a atuar na defesa do ex-governador. Nas palavras do ministro, a consulta feita pelo genro foi corriqueira. "Como a ação estava na fase do eleitoral, não dei maior importância", explicou então o ministro ao repórter Sionei Ricardo Leão, do caderno Eleições & Política. O termo "eleitoral" foi usado pelo ministro para referir-se ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No TSE, não haveria incompatibilidade ética ou regimental sobre o envolvimento dos parentes na defesa de Roriz. Os nomes dos parentes do ministro foram inicialmente incluídos na petição do recurso extraordinário ao STF. Mas não foi adiante porque Adriano e a filha de Ayres Britto, Adriele, teriam exigido que os seus nomes fossem retirados da petição no STF. Video abaixo:

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